O Ministério do Turismo (MTur) e Secretaria Estadual de Turismo (Setur) vão fazer, no dia 6 de novembro, uma fiscalização nas agências de turismo e transportadoras do Rio. A medida, anunciada nesta quarta-feira, dia 25 de outubro, em reunião dos órgãos de turismo e segurança na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, foi tomada após a morte da turista espanhola Maria Esperanza, assassinada com um tiro no pescoço na última segunda-feira, na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio.
Segundo o secretário estadual de Turismo, Nilo Sergio Felix, o objetivo da vistoria é identificar quem não está cadastrado e retirar essas pessoas do mercado. O presidente da Riotur, Marcelo Alves, também participou da reunião e afirmou que o encontro foi importante para definir os critérios que serão adotados a partir de agora para o turismo nas comunidades. “Lamentavelmente a empresa que fez o turismo na Rocinha não estava com o carro sinalizado. Vamos alinhar e estabelecer regras para o turismo nas favelas“, disse.
Marcelo também lembrou que o episódio mancha a imagem do Rio e do país, já que, segundo ele, a cidade é a vitrine do Brasil no exterior. Ainda de acordo com Marcelo, o número de turistas estrangeiros no Rio não caiu por contas dos episódios de violência. Entretanto, também não aumentam.
A delegada titular da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), Valéria Aragão, também esteve presente no encontro. Ela afirmou que os dois sócios da empresa, o motorista e a guia deverão ser indiciados pelo artigo 66 do código do consumidor, que é “fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços“. O crime tem pena de até um ano.
“Os turistas não sabiam da situação da Rocinha. Esse ato irresponsável não pode ficar impune. Vamos buscar a responsabilização criminal“, disse a delegada.
Segundo Valéria, os policiais ficaram sensibilizados com o depoimento dos turistas, que contaram não terem sido informados da situação da comunidade e que, se soubessem, não teriam ido.
FONTE: ASSESSORIA DE IMPRENSA
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